sábado, 31 de dezembro de 2011

A busca

Sabia que nos enganamos com as pessoas porque queremos?
A gente costuma criar expectativas mesmo não tendo nada de concreto para isso.
É que às vezes nós necessitamos, urgentemente, acreditar que existe algo especial para dar algum sentido à vida.
Sofrer por amor é algo nobre e buscamos a nobreza dentro de nós.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

tentativa frustrada

Sorte não tem nada haver com sorteios e loterias. Sorte é muito mais simples do que se imagina. Todos os dias eu pego o ônibus próximo ao terminal e por isso sempre há um lugar para eu sentar. Na ida e a volta. No trânsito, vejo muitas pessoas que passam 2h em pé durante toda a viagem, sentindo o roçado e a catinga de suor das outras pessoas. E elas, por sua vez, são forçadas a roçar e a exalar odores também. Que sorte, a minha!
Todo dia, por conta do privilégio de ir sentada para o trabalho, pego um livro. Tenho 2h de pura viagem. Os outros, de pura roçagem. Enquanto eu lia as palavras de Caio F.,
"Quanta vaidade, quanto palavreado tolo, quanta culpa idiota. [...] Pelo menos, enfrenta. Como aquela, mentindo naturalidades com tamanha perfeição que até consegue dizer: sou simples. E diz a verdade quando mente. Não me venhas com Densas Complexidades Psicológicas. Artimanhas, embustezinhos corriqueiros. Portas falsas, coração. Tudo isso me nauseia como a décima dose de um licor de anis. [...] Tudo não passa de um emaranhado de vísceras. Levarás para o túmulo tanta delicadeza, tamanha pudicícia. Os vermes engordarão de tanto açúcar-cande. O que não impedirá o fedor de flutuar como uma aura às avessas sobre a tua cova. [...] Não decifras nada, esfinge de plástico."
, um homem ao meu lado estava concentrado em observar como eu estava concentrada na leitura.
Não deu para ver o rosto dele, mas deu para perceber pelo canto do meu olho direito que ele olhava pra mim. Acho que ficou impressionado com a quantidade de barulho e de acontecimentos que passaram despercebidos por mim. Um pouco antes dele descer, já faziam, mais ou menos, uns 45 minutos de viajem, ele falou pro vento "Nossa, quanto carro na CDU! Formatura". E eu fingi não ter ouvido. Mas vi, através da janela, todos aqueles carros parados pelo canto do meu olho esquerdo. Eu senti como se ele estivesse testando a minha capacidade de concentração, então aceitei o desafio e não olhei para nenhum dos lados. Permaneci, aparentemente, imóvel. Ele desceu do coletivo e foi embora!

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

fora de contexto

Eu me encaixaria perfeitamente em uma fôrma de menina. Um jeito sempre moleque, um modo abestalhado de dizer as coisas, risos e gargalhadas intermináveis, uma inquietação relacionadas às coisas da vida e infinitas interrogações. Mas e agora?! O que eu faço com tudo isso nessa fôrma de mulher? O que eu devo fazer comigo?
Meu rosto não é mais o mesmo... através do espelho, olho dentro dos meus olhos e vejo uma menina, mas as pessoas só enxergam essa fôrma dura, rígida e pronta. Elas olham para mim e ficam me cobrando a pessoa que vou ser como se agora eu fosse um nada. E agem sem perceber. Um mundo mais seco, atitudes mais insensíveis.
Em consequencia disto, acabo agindo da mesma forma com as pessoas, cobrando delas coisas ridículas, quando já são maravilhosas!


segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

[sorrisos]

   Seriedade não tem nada haver com ausência de sorrisos ou com a falta de bom humor. Me leve a sério, principalmente, quando eu estiver sorrindo. 

domingo, 4 de dezembro de 2011

Fuga

Hoje eu fugi de casa.
Saí pela rua para olhar as pessoas.
Saí para olhar as pessoas se embriagarem pelas esquinas fétidas de urina.
Saí para ver as "novinhas" e seus shortinhos curtos.
Fui ver o quanto as pessoas são inúteis à sociedade e o quanto elas são capachos da minoria manipuladora.
Enquanto eu estava em casa assistindo ao dvd d'O Teatro Mágico.
Mas mesmo assim isso foi motivo para eu receber gritos e mais gritos.
Tive vontade de ir numa boca de fumo comprar drogas para realmente terem motivos para tantos gritos.
Motivos banais.
Foi a fuga mais rápida da história.
Por volta de meio dia do mesmo dia a fome bateu e eu voltei.
Ao invés de colocar roupas, dinheiro e comida na mochila, eu coloquei cadernos, caneta e uma gramática.
Não sei pra que se meus trabalhos estão todos no computador.
Tecnologia inútil.
Fugi de casa, mas na verdade eu estava fugindo da minha própria condição de submissa e dependente.
E tudo isso ainda vai durar muito tempo.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Um brinde à Infância...

... e que todas as crianças do mundo tenham o direito de ter e viver a sua própria história!


‎Cara, uma lembrança me trouxe a infância toda a tona. Eu brincava de escolinha e eu sempre era a professora porque as meninas diziam que eu era a mais estudiosa. 
Elas definiram meu destino ou o meu destino falou comigo através delas?
E quem sabe dos planos de Deus, o que importa é sentir-se vivo!!!

#Eduarda e #Arlaine ♥
uma singela homenagem.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

quem está nas mãos de quem?


O tempo está demorando a passar... ainda são 20:26h enquanto espero ansiosa para que chegue as 22:00h e eu possa ligar para ele. Sinto saudades: criei uma enorme coragem para admitir isso para mim mesma... agora me bateu o medo de não ser atendida ou de ser mal recebida; ficaria muito machucada se a segunda opção se realizasse.
Mas logo eu que já o magoei tanto enquanto ele ficava parado, olhando para meus ombros, imóvel. Não foi por querer... eu fui muito egoísta e o egoísmo em mim não é proposital, apenas senti medo de me magoar, senti medo de não ser correspondida, senti amor por ele. E junto ao amor, as dúvidas e as angústias da qual nenhum ser humano nasce preparado para lhe dar, não há um manual de instruções, não há como saber se dará certo... Mas hoje estou disposta a falar tudo o que me deixa vulnerável!!!



sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Inocência...

ahhhhh o amor... uma vez perguntei para uma menina o que era o amor e ela havia me dito que era de comer. Fiquei sem entender, mas queria saber que sabor tinha esse tal de amor. Procurei em todos os lugares, mas não encontrei. Quando eu finalmente tinha desistido de procurar, aquele garoto me trouxe um saquinho e disse: “separei somente as vermelhas, do jeito que você gosta”. E descobri que é de comer mesmo... tem sabor de jujubas.


quarta-feira, 26 de outubro de 2011

'Fiquição'

Se você não enxerga, na loucura, coerência é porque você não é digno da felicidade e também não está preparado para me conhecer. 

A Felicidade foi feita para nós; Deus nos fez seres felizes e, por isso, somos donos dela; mas para tê-la é necessário merecimento.
Não há recompensa sem ter lutado; muitas coisas nessa vida me mutilam (é verdade), me impedem de fazer coisas que desejo, mas, por uma questão de ordem social, é preciso ceder pouco ou bastante.
Ninguém pode fazer tudo o que quer sempre. Ninguém. E se o faz: terá que sofrer as consequências dos seus atos.
Muitos escondem suas lágrimas atras de sorrisos pedantes. E sabe por que escondo uma lágrima? porque pessoas 'normais' se alegram com o sofrimento alheio.

E por falar em sofrimento, sabiam que a Sabedoria tem que ser praticada? quando se tem obstáculos é necessário uma reflexão para conseguir superar os desafios sem muitos danos ou nenhum.
Se você não tem obstáculos, pra que pensar? com o tempo você vai ficando destreinado, sua vida enferrujada e... morre-se! Não uma morte física, mas uma morte de sensações verdadeiramente suas.

É 'fiquição' acreditar que se pode fazer tudo o que quiser nessa vida!!! Pois é... can not!!! um dia, você vai ver isso...

Não há vida sem sofrimento,
sente-se vivo na dor,
é onde a gente se ver Humano,
é onde a gente se encontra.

A felicidade é a demencia dos juízos e a dor te leva à reflexão; "porque isso? porque aquilo?" quando se está feliz, não se questiona. E como refletir de vez em quando cansa:


"garçon, please  a beer que eu quero giraaar!"




É 'fiquição' achar que se pode fazer tudo o que quiser nessa vida!!! 
Pois é... can not!!!

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Curiosidade.














Ai curiosidade, não me mata do coração. 
Nessas horas eu só queria ser uma mosquinha pra saber...
Que mal há? 

domingo, 23 de outubro de 2011

Sem grandes dores.

Sabe aqueles dias que você chega do trabalho estupidamente cansada? Nesses dias eu tiro o tênis no terraço, jogo a meia no canto da sala e vou me deitando no sofá. Enquanto o meu pai espera a novela da tarde começar, eu respondo 'não pai, é só um cochilo' e apago! de farda e tudo. 
Outro dia, eu fiz isso na casa da minha Vó. Eu estava com vontade de vê-la. Me arrumei toda e fui visitá-la. Cheguei lá eram umas onze horas da manhã e quando deu um pouco mais que meio-dia 'Vó, só vou tirar um cochilo, um cochilinho de vinte minutinhos'... E eu tenho estado tão cansada, vivendo entre um 'cochilo' e outro.
Queria que o tempo parasse para que eu pudesse contemplar o nada. Para que eu pudesse ficar quietinha. É que eu estou em um estado de demência absoluta e,  por muitas vezes, eu desejei sentir isso: pensando que quando se está dormente não se sente as dores do mundo, acreditando que somente o amor era capaz de te fazer suportar os sofrimentos.
Mas o mundo corre sem parar e depressa demais enquanto eu fico a deriva observando tudo passar por mim, estagnada, imóvel: essa não é a felicidade que eu buscava.
É verdade que eu não sinto o sofrimento, mas também é verdade que eu não vivo!





domingo, 18 de setembro de 2011

Fase introspectiva...




Dando um tempo para mim.
Minhas novas produções estão por enquanto no anonimato.
Mas em breve, trarei novidades!!! Ou não :)


sexta-feira, 15 de julho de 2011

Tati Bernardi.

"(...) Eu nunca vou entender porque a gente continua voltando pra casa querendo ser de alguém, ainda que a gente esteja um ao lado do outro. Eu nunca vou entender porque você é exatamente o que eu quero, eu sou exatamente o que você quer, mas as nossas exatidões não funcionam numa conta de mais...

Mas aí, daqui uns dias.... você vai me ligar. Querendo tomar aquele café de sempre, querendo me esconder como sempre, querendo me amar só enquanto você pode vulgarizar esse amor. Me querendo no escuro. E eu vou topar. Não porque seja uma idiota, não me dê valor ou não tenha nada melhor pra fazer. Apenas porque você me lembra o mistério da vida. Simplesmente porque é assim que a gente faz com a nossa própria existência: não entendemos nada, mas continuamos insistindo."

Tati Bernardi.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Desejos.


Eu quero sentir 
o sentimento de 
Felicidade Plena.
Só se pode ser feliz 
quando se tem 
Deus, 
Família (os de sangue ou não), 
Realização Profissional 
e um Amor.





Quero que todos saibam
que eu só desejo 
conhecer esse mundo afora,
conhecer pessoas que me complementem,
conquistar o máximo de corações possíveis para o bem,
fotografar as entrelinhas,
fazer poesia,
saltar de paraquedas,
divulgar a Ética e
não perder a Esperança.
Tudo isso conversando com Deus.


sábado, 9 de abril de 2011

azul-celeste.



Hoje, senti saudades de algo que nunca existiu: o Rio, águas rasas, mansas e transparentes. 

Muito azul-celeste, azul do mar, azul do céu, azul do sorriso dos meus amigos. Todo esse azul era novidade.





Ah, os Amigos! Agora sim, se faziam presentes, os verdadeiros. Corremos, brincamos, pulamos, foi como nos velhos tempos... 





e aos poucos essas imagens foram se dissipando, foram desaparecendo e eu fui, ali, acordando... era realmente um sonho que me fez acordar   feliz e sorrindo. Mas a imagem forte daquele azul não saiu do meu sorriso.






Significado dos Sonhos: Sonhar com mar calmo é de águas tranquilas é predição de alegrias em família e possível viagem; 







Água clara e calma garante a tranqüilidade do momento atual; Banhar-se em água fresca é certeza de amores gloriosos; 

Se tomava banho e a água estava numa temperatura agradável - morna ou quente - pode contar com amigos sinceros; 






Se você nadava em águas calmas, espere comunicação de aumento salarial ou uma viagem, a tempos desejada, acontecerá.




Arpoador - RJ.

sábado, 2 de abril de 2011

Receita de mulher.

As muito feias que me perdoem
Mas beleza é fundamental. É preciso
Que haja qualquer coisa de flor em tudo isso
Qualquer coisa de dança, qualquer coisa de haute couture
Em tudo isso (ou então
Que a mulher se socialize elegantemente em azul, como na República Popular Chinesa).
Não há meio-termo possível. É preciso
Que tudo isso seja belo. É preciso que súbito
Tenha-se a impressão de ver uma garça apenas pousada e que um rosto
Adquira de vez em quando essa cor só encontrável no terceiro minuto da aurora.
É preciso que tudo isso seja sem ser, mas que se reflita e desabroche
No olhar dos homens. É preciso, é absolutamente preciso
Que seja tudo belo e inesperado. É preciso que umas pálpebras cerradas
Lembrem um verso de Éluard e que se acaricie nuns braços
Alguma coisa além da carne: que se os toque
Como o âmbar de uma tarde. Ah, deixai-me dizer-vos
Que é preciso que a mulher que ali está como a corola ante o pássaro
Seja bela ou tenha pelo menos um rosto que lembre um templo e
Seja leve como um resto de nuvem: mas que seja uma nuvem
Com olhos e nádegas. Nádegas é importantíssimo. Olhos, então
Nem se fala, que olhem com certa maldade inocente. Uma boca
Fresca (nunca úmida!) é também de extrema pertinência.
É preciso que as extremidades sejam magras; que uns ossos
Despontem, sobretudo a rótula no cruzar as pernas, e as pontas pélvicas
No enlaçar de uma cintura semovente.
Gravíssimo é porém o problema das saboneteiras: uma mulher sem saboneteiras
É como um rio sem pontes. Indispensável
Que haja uma hipótese de barriguinha, e em seguida
A mulher se alteia em cálice, e que seus seios
Sejam uma expressão greco-romana, mais que gótica ou barroca
E possam iluminar o escuro com uma capacidade mínima de cinco velas.
Sobremodo pertinaz é estarem a caveira e a coluna vertebal
Levemente à mostra; e que exista um grande latifúndio dorsal!
Os membros que terminem como hastes, mas bem haja um certo volume de coxas
E que elas sejam lisas, lisas como a pétala e cobertas de suavíssima penugem
No entanto sensível à carícia em sentido contrário.
É aconselhável na axila uma doce relva com aroma próprio
Apenas sensível (um mínimo de produtos farmacêuticos!)
Preferíveis sem dúvida os pescoços longos
De forma que a cabeça dê por vezes a impressão
De nada ter a ver com o corpo, e a mulher não lembre
Flores sem mistério. Pés e mãos devem conter elementos góticos
Discretos. A pele deve ser fresca nas mãos, nos braços, no dorso e na face
Mas que as concavidades e reentrâncias tenham uma temperatura nunca inferior
A 37º centígrados, podendo eventualmente provocar queimaduras
Do primeiro grau. Os olhos, que sejam de preferência grandes
E de rotação pelo menos tão lenta quanto a da terra; e
Que se coloquem sempre para lá de um invisível muro de paixão
Que é preciso ultrapassar. Que a mulher seja em princípio alta
Ou, caso baixa, que tenha a atitude mental dos altos píncaros.
Ah, que a mulher dê sempre a impressão de que se se fechar os olhos
Ao abri-los ela não mais estará presente
Com seu sorriso e suas tramas. Que ela surja, não venha; parta, não vá
E que possua uma certa capacidade de emudecer subitamente e nos fazer beber
O fel da dúvida. Oh, sobretudo
Que ela não perca nunca, não importa em que mundo
Não importa em que circunstâncias, a sua infinita volubilidade
De pássaro; e que acariciada no fundo de si mesma
Transforme-se em fera sem perder sua graça de ave; e que exale sempre
O impossível perfume; e destile sempre
O embriagante mel; e cante sempre o inaudível canto
Da sua combustão; e não deixe de ser nunca a eterna dançarina
Do efêmero; e em sua incalculável imperfeição
Constitua a coisa mais bela e mais perfeita de toda a criação inumerável.

Vinicius de Moraes

sábado, 26 de março de 2011

Dos desejos de Diana.

Ai, me deu uma vontade louca de sonhar, pensar nas coisas que eu gostaria de ter e de fazer. Os sonhos parecem simples de serem criados, era somente imaginar e pronto: Sonho feito!
Mas nem sempre é assim. Responsabilidades, obrigações, ter que dar satisfações, tudo isso junto nos veta a criatividade imaginatória.
Outras vezes, eu é que evito sonhar, porque tudo é meio dolorido, os impedimentos, os olhares incompreensivos, as injustiças, a indiferença... tudo isso nos aleija, nos deixa triste.
E eu, mais do que triste, viro do avesso na hora. Quando vejo, já perdi o prumo e desejar é algo que se torna tão inútil [...] MAS NÉ PRA DESISTIR NÃO! Uma hora tudo se ajeita, tudo se resolve e tudo volta a rotina de sempre, as mesmas reclamações, as mesmas indagações, os mesmos problemas... ai, que agora me deu uma vontade louca de sonhar...

sexta-feira, 18 de março de 2011

uma opinião diferente

"...não vamos ser hipócritas:
a gente vive para estudar, ter dinheiro e para amar também.
Tem gente que diz que isso é mente vazia, mas não é.
Você precisa ter os três para ser feliz!!!
Sempre quando a gente tem um, acaba faltando o outro e assim vai...
Você ta precisando de um amor ou algo que lhe faça bem. Não de trabalho, apenas." by uma amiga.

E é bem uma verdade... você sempre sente falta de algo.
Tem que preecher o bucho, a mente e o coração também.

terça-feira, 15 de março de 2011

segunda-feira, 14 de março de 2011

Não esquecer.


Lembrar de não perder, jamais, a capacidade de nos admirar com as coisas simples da vida e de nunca, eu disse 'nunca', agir com naturalidade diante de uma brutalidade causada por um outro ser humano. Certas coisas são comuns de acontecer, mas não são normais.

Diga não à violência!
Fique indgnado!

Pois, de pessoas apáticas, o mundo já ta cheio.

domingo, 13 de março de 2011

Autopsicografia.


O poeta é um fingidor.

Finge tão completamente

Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,

Mas só a que eles não têm.
E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,

Esse comboio de corda
Que se chama coração.


Fernando Pessoa.

quarta-feira, 2 de março de 2011

Dos hábitos de Diana.

Moro em um bairro periférico e tenho como minha segunda casa a residência de minha avó.

Há, aproximadamente uns dez minutos da casa de voinha, uma sorveteria que adoro ir. O sorvete é uma delícia! É, praticamente, sair da periferia até um bairro nobre só para tomar esse sorvete. Mas lá não tem luxo não (comida pouca, ruim e cara), pelo contrário, o prato vem cheio, é delicioso e o preço é baratinho.

Então, o dono da pequena fábrica me pergunta qual o sabor que desejo tomar e eu, prontamente, respondo "Chocolate, é claro!"

...como se, para ele, fosse obvio a minha preferência por este sabor.

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Observo tudo daqui...

Uma vez escrevi palavras de amor e me questionaram se eu estava apaixonada.
Após ter dado minha resposta negativa, surpreendi-me: logo eu que não amo ninguém, será que tenho o direito de escrever tais palavras? Mas eu amo, adoidadamente.
Para amar não é preciso existir um outro ser... Eu, por exemplo, amo as palavras!!!
O bom das palavras é isso; elas são livres e podem ser amadas por quem as quiser.
Eu mesma sou livre e me esforço bastante para viver neste mundo.
Ele é muito complicado, perigoso e vulgar. Sem falar no fato de que ele me expreme toda, me tirando todo o sumo; deixando apenas as sementes. Algumas pessoas nem isso deixam, enquanto outros apáticos observam suas sementes serem brotadas e viradas frutas podres.
Espero que quando as minhas brotarem, elas cresçam com alegria, pois o mundo precisa de mais pessoas alegres!!!

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

mundo chato (rum)

O mundo é completamente inorgânico.

Nada mais é natural.

Nem mesmo a natureza cresce conforme quer.

Na minha pele observo a irritação do dia-a-dia.

Meu entusiasmo naufragado pelas leis do individualismo:

É o abismo que há entre você e seus sonhos.



háa! Mas Eu to nem aí...

Não vai ser dessa vez que eles me farão desistir.

(...)


domingo, 6 de fevereiro de 2011

um novo ciclo.


"Lembre-se:

Informação não é conhecimento;

Conhecimento não é sabedoria;

Sabedoria não é verdade;

Verdade não é beleza;

Beleza não é amor;

Amor não é música;

Música é o que há de melhor."



(Frank Zappa)



quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

mas o tempo passa tão rápido.

Assim

do jeito que ta,

num dá pra congelar?

pra dar um pause?

assim é tudo tão meu,

ninguém mete o bedelho.

assim, do jeito que ta.