domingo, 23 de outubro de 2011

Sem grandes dores.

Sabe aqueles dias que você chega do trabalho estupidamente cansada? Nesses dias eu tiro o tênis no terraço, jogo a meia no canto da sala e vou me deitando no sofá. Enquanto o meu pai espera a novela da tarde começar, eu respondo 'não pai, é só um cochilo' e apago! de farda e tudo. 
Outro dia, eu fiz isso na casa da minha Vó. Eu estava com vontade de vê-la. Me arrumei toda e fui visitá-la. Cheguei lá eram umas onze horas da manhã e quando deu um pouco mais que meio-dia 'Vó, só vou tirar um cochilo, um cochilinho de vinte minutinhos'... E eu tenho estado tão cansada, vivendo entre um 'cochilo' e outro.
Queria que o tempo parasse para que eu pudesse contemplar o nada. Para que eu pudesse ficar quietinha. É que eu estou em um estado de demência absoluta e,  por muitas vezes, eu desejei sentir isso: pensando que quando se está dormente não se sente as dores do mundo, acreditando que somente o amor era capaz de te fazer suportar os sofrimentos.
Mas o mundo corre sem parar e depressa demais enquanto eu fico a deriva observando tudo passar por mim, estagnada, imóvel: essa não é a felicidade que eu buscava.
É verdade que eu não sinto o sofrimento, mas também é verdade que eu não vivo!





3 comentários:

Steres disse...

Post da Steres às 12:12

Gerente da Budega disse...

e que no despertar de um de seus cochilos, você terá uma bela surpresa, que a vida, muito danadinha, te reserva. pode esperar ;)

Steres disse...

e no desperta...

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