quinta-feira, 29 de novembro de 2012

sábado, 17 de novembro de 2012

Um domingo qualquer.

De que vale amar se não for para me entregar e ir toda vez que ele me chamar? Então não é amor. Porém isso só é válido se o chamado dele for por amor também!

Mudável.

Agora é ter um pouco de paciência e esperar, mas como a vida não espera por mim, não espere que eu te espere no mesmo ponto. Me reencontrar será um pouco mais difícil, pois eu nunca estou no mesmo lugar. 


Vermelho Papoula.


Anaïs sempre fala de seu diário vermelho. Os meus são sempre vermelhos.

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Quanta querência!

quero alguém que adivinhe o que eu quero mesmo a quilômetros de distância.
alguém que entenda meu olhar.
alguém que tenha dúvidas com relação ao que estou pensando,
mas que nunca duvide do meu caráter.
alguém que se importe quando eu estiver deprimida.
alguém que confie mesmo sem entender as minhas razões,
afinal, por que eu haveria de fazer mal a quem amo?
alguém que entenda quando eu for embora
e que me espere de braços abertos quando eu estiver preparada para voltar.
- tudo isso enquanto cultivo flores.

coisas que ficaram para trás




A coisa mais injusta que poderia ter me acontecido foi conhecer alguém, que provocasse a espontaneidade em mim, no auge de sua imaturidade. Me sinto envelhecendo e a sensação de envelhecimento é ausência de amor.
[...]
Quando sentires a pele do rosto mais áspera, mais firme e bem definida, não permita que a alma envelheça junto por medo de amar. Porque, de qualquer maneira, o sofrimento vem. E se for pra sofrer de todo jeito, que seja por ter amado muito. Amado mais do que poderia. Amado mais do que se permitiria.

domingo, 11 de novembro de 2012

Objetos são sempre objetos. Já as pessoas são uma porção de coisinhas infinitas.

    Um objeto é algo inanimado, parado, sem vida. O que dá vida aos objetos são os sentimentos que temos. Mas mesmo com sentimentos, objetos são sempre objetos.
   Com as pessoas ocorre diferente. Quando há sentimentos, o que era objeto se transforma em histórias, sorrisos, desejos, companhia e uma infinidade de outras coisas descritíveis e indescritíveis.
    Idiota é aquela pessoa que percebe os sentimentos de outra e a trata como objeto. É idiota não porque não amou a outro. É idiota porque é alguém que não consegue nem amar a si mesmo. Alguém que se acha feio, que é inseguro, que não se aprofunda nas relações com outras pessoas, que não experimenta novas sensações, que está sempre na zona de conforto.
     Uma pessoa dessa não surpreende, não emociona, decepciona.
    Sejamos um alguém que provoque paixões, que se entrega, que experimenta o indescritível. Não queira "descobrir o verdadeiro sentido das coisas. É querer saber demais. Querer saber demais".


domingo, 4 de novembro de 2012

A casa do monstro.

Em uma vila, distante dos grandes centros urbanos, havia uma casa velha habitada por um homem muito esquisito. Era um velho, magro, orelhudo e peludo. Ele nunca saia de dentro de casa e, quando isso acontecia, era tarde da noite. O velho sempre andava com uma sacola nas costas.
Haviam na vila também três crianças muito corajosas: a Pietra, o Miguel e o Emanuel. Os três notaram que os brinquedos favoritos das crianças daquela vila estavam sumindo e começaram a desconfiar que estavam dentro do saco do velho e que depois ele levava para dentro de sua casa. Então, os três resolveram seguir o velho de noite para descobrir o mistério dos brinquedos desaparecidos. Era dia de lua cheia.
Com bastante cuidado, seguiram o velho até o cemitério da cidade. Então o velho parou e olhou para aquela lua enorme e amarela  e começou a se transformar em um monstro de garras e dentes afiados, peludo e horroroso. Era um lobisomem. As crianças começaram a correr desesperadas, despertando a atenção do monstro que começou a correr atrás delas logo em seguida. Foi uma gritaria, mas seus pais e nenhum outro adulto poderiam ouvi-las, pois estavam muito longe de casa, o jeito foi colocar sebo nas canelas e correr o mais rápido que puderem. Só que no meio do desespero, Pietra tropeça num galho de árvore e cai. O lobisomem alcança ela. Seus dentes contra a luz mostravam o quanto eram afiados. Os meninos decidiram voltar e salvar sua amiga.
Mas neste instante, a correria que durou a noite toda, começou a amanhecer. Enquanto o sol foi surgindo, o lobisomem começou a se destransformar. O velho olhou para as crianças assustadas e começou a chorar e a pedir desculpas. Contou que gosta muito de crianças e que sua profissão é consertar brinquedos, porém, uma bruxa o transformou nessa coisa feia como castigo por ele ter se recusado a roubar os brinquedos das crianças para ela. Pietra, Miguel e Emanuel matutaram uma maneira de ajudar o velho e resolveram ir até a casa da bruxa. Pegaram seus brinquedos favoritos e decidiram presenteá-la em troca dela quebrar a maldição do velho.
Mesmo correndo o risco dela ficar furiosa e transformá-los em lobisomens e lobismulher decidiram ir adiante com o plano. A bruxa, pronta para lançar qualquer feitiço maldoso, quando viu os presentes, ficou muito emocionada com o gesto das crianças. Ela se emocionou porque nunca ninguém lhe havia dado um presente antes. Natal, Dia Das Crianças, Aniversário... quem é que sabe o dia do aniversário de alguma bruxa?
Pedido concedido. O velho, que agora atende pelo nome de Seu Bonfim, devolveu os brinquedos desaparecidos das crianças da vila, só que agora em bom estado, pois, de tanto brincarem, precisavam de reparo. Fez também novos brinquedos para os três heróis mirins e a bruxa despertou dentro de si a criança que nunca foi brincando com seus presentes.
Mas as crianças decidiram não ser mais tão corajosas. Desta vez o final foi feliz, na próxima é melhor não arriscar.




Conto criado para meus alunos, 
que são uma das luzes no fim do meu túnel, 
um dos finais felizes da minha história.

Contos de Terror - Halloween.