domingo, 26 de setembro de 2010

sábado, 25 de setembro de 2010

Robespierre proletária.


Tudo que é meio termo, é medíocre. Eu sou medíocre.
Nem sempre me orgulho disso: às vezes queria ser mais, às vezes queria sumir e ser um nada.

Mas ultimamente eu tenho estado cansada. Cansada, de tudo, um pouco.
Tem dias que o sono me arrasta até minha cama e nem me cobre com o lençol deixando-me num estado de Quase dormindo-Quase acordada.
É que por enquanto eu só tenho isso mesmo.

(...)

Pois é... Esse meu destino anda meio confuso: tem hora que une e tem hora que ele separa. Certa vez estive pensando: existem sentimentos que não fazem o mínimo sentido para existir. Não sei exatamente o que isso quer dizer, mas um dia eu penso direitinho e lhes digo.

Desencontros são tão comuns, não é mesmo?! Infelizmente eles existem.
E a gente fica sem saber se teria dado certo.
Mas às vezes o acaso decide promover alguns bons re-encontros.
E eu fico no meio dessa indecisão toda.

Ainda quero um dia e depois o outro. Pra quê pressa?!

For me:
Se 30 pessoas (uma pra cada dia do mês) não preencher o vazio de um ano inteiro alone, permita-se be loved.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Meio Mártir.


Terça-feira negra!

Por esses dias, a sensação de impunidade tomou conta de mim (...) fiquei péssima!
Mas o que é deles ta guardado: quem faz pacto com o demo, um dia o diabo vem e carrega (...) vou engolir esse sapo!
Mamãe sempre diz "um dia se ta por cima, no outro se ta por baixo" e eu sempre digo: quem não se esforça, ganha nem ao menos um sorriso em troca.
Vou engolir esse sapo gordo.
Vou engolir todos os sapos até chegar o dia de se pagar com a própria língua.
E se pagou: no dia seguinte.

Quarta-feira Mártir!

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Ângela Pralini


Viver é um ato que não premeditei. Brotei das trevas. Eu só sou válida para mim mesma. Tenho que viver aos poucos, não dá pra viver tudo de uma vez. Nos braços de alguém eu morro toda. Eu me transfiguro em energia que tem dentro dela o atômico nuclear. Sou o resultado de ter ouvido uma voz quente no passado e de ter descido do trem quase antes dele parar – a pressa é inimiga da perfeição e foi assim que corri para a cidade perdendo logo a estação e a nova partida do trem e seu momento privilegiado que desperta espanto tão dolorido que é o apito do trem que é adeus.

Ângela Pralini

domingo, 12 de setembro de 2010

Devaneios...


Eu olho para frente e reparo no modo como ele anda... Casualmente nos falamos umas três vezes – eu sei, eu o cobiço. Mas perdi o raciocínio: ele me é um mero objeto de promiscuidade ou existe de verdade uma simpatia intrínseca em mim? Eu só sei que o cobiço... [Susto] Esqueci completamente que não estou sozinha: as pessoas ao meu redor não notaram os meus olhares de raposa. Ou disfarço muito bem ou eles conseguiram me enganar. Para onde eu estava me dirigindo mesmo?! [Outro susto] Nem percebi o quanto eu havia caminhado na direção contrária. Então, logo após ter voltado ao mundo real - incrédulo e insuficiente - percebo que, sem muito esforço, meus olhos o procuravam... Não o encontro e volto a fazer o que havia planejado. Estranhamente surpreendo-me com o quanto eu havia me arriscado e com o quanto eu ainda pretendia me arriscar, pois cobiçá-lo não me tornara uma pecadora. Não cometido pecado algum, eu também não fazia esforço para resistir [sorriso de malícia]. Continuo a caminhar... Lembrei-me da bíblia: “aqui não diz nada sobre cobiçar homens alheios...” (brinquei). Faz parte de mim dá liberdade aos meus pensamentos, quero-os livre e nessa liberdade toda [susto] noto que meus devaneios surtiram efeito: agora, ele é que me olhara e no canto do seu lábio direito: existe um sorriso astuto.
[...]

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Prato cheio é luxo.


Comi como se fosse um operário.
Com fome.
Com força.
Feijão, farinha e arroz.

Com as mãos separei o osso do filé...
Ainda com as mãos lambuzadas de comida,
Segurei o garfo com firmeza.
Prato cheio.

E depois de engolir seco, água.
Porque refrigerante não mata sede de água gelada.

Bebi com tanta rapidez que,
Após o primeiro gole,
Tive que respirar fundo.

Satisfação.
Prato cheio é luxo.

Stephanie Saskya.

sábado, 4 de setembro de 2010

307 parte final


Apesar da saudade que sentirei deste lugar, vejo que não estou deixando nada para trás, pois o prédio da minha infância já não é mais o mesmo, as pessoas da minha infância já não moram mais aqui. Cada um teve que seguir seu caminho e agora chegou a minha vez... Acho que era isso que faltava ao meu coração. Eu estava angustiada com todas essas mudanças em minha vida, mas agora vejo que não estou abandonando nada. Vivi o que tinha que viver aqui, agora é vida nova! Já posso dizer adeus!

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Uma nação em nossas mãos (?)



Meus alunos não precisam gostar de português, gostar de estudar, gostar de ir à escola ou, até mesmo, gostar de mim. Eles só precisam ter consideração por mim. Obrigados a irem à escola para receber o bolsa família, percebemos a fragilidade no nosso sistema educacional, onde somos obrigados a manterem-nos em sala e eles obrigados a nos aturar com nossas gargantas secas e roucas de tanto pedir “silêeeeeeeeeencio”.

Mas mesmo os alunos mais danados, os que aparentam não querer nada com a vida, aqueles pentelhos da qual você decorou o nome antes de todo mundo... um dia, ele te olha e você percebe 'não tia, não desiste de mim agora'.

"A gente ainda chega lá."