terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Das asas de Diana.

Eu nunca tive asas. Sempre fiquei debruçada na janela do meu quarto olhando as pessoas voarem livremente. Fazendo suas apostas para ver quem voaria mais alto ou quem aprenderia a voar primeiro. Mas eu nunca tive asas. Ninguém poderia me levar para voar um bocadinho, pois as pessoas são pesadas demais para ir nas costas dos outros. Cada um teria que ter suas próprias asas. De vez em quando um ou outro descia e vinha falar comigo, mas logo sentia falta do céu e ia embora. 

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

doce solidão (8)

A solidão é minha companheira. O silêncio, meu conselheiro e sou viciada em tédio. Só não entendo porque sou obrigada a dizer coisas felizes... (ai que ta, não sou). Mas digo! Deve ser para não assustar as pessoas. Para não afastá-las com meus pensamentos deprimentes. Para, só então, me sentir menos solitária e não ficar com todo esse silêncio que me assusta.
É o peso de carregar um sentimento só seu. Inexplicável para si. Inexistente para os outros.