segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Recíproco e Infeliz.

Eu vim para te ver, Mar.
Eu gostaria muito de ficar,
Mas viver contigo só seria possível
Naqueles sonhos de poder respirar dentro d’água.
[...]

Adeus!

domingo, 27 de outubro de 2013

Noites de insônia.

Diante do espelho eu me vejo de cabelos desgrenhados e ponho a camisola lilás de renda. Vejo meus seios e lembro o quanto eles pesam. Chego a sentir dor agravada pela gravidade. Forçam-me a uma leve curvatura de minha imagem refletida. Olho para meu corpo de curvas mal feitas, como em traços certos, porém feitos de primeira. Quem ousou me desenhar, não me fez rascunho. Fez-me pronta. Como numa tela que o artista deixa, sem querer, cair um pingo de tinta de uma cor qualquer e a partir disso fez dele parte essencial de mim. Fez-me ainda mais bonita. Uma tela de formas abstratas. Termino de por a camisola e imagino como seria ser desejada assim, desta forma, espontaneamente viva. E como seria bom poder dividir estas bobagens. Mas por enquanto, eu me deito de luzes apagadas e acomodo meus seios para que o peso do meu corpo não os machuque como forma de vingança, por eles terem machucado tanto a coluna. É o peso de uma fartura mal explorada. Uma beleza que não pode ser vista. Uma delicadeza que não pode ser percebida ou acariciada. Ainda no escuro tento captar meus mistérios. Eu não consigo os mistérios, não consigo chegar até eles. Pessoas misteriosas são mais interessantes e não precisam, necessariamente, ter segredos para envolver os outros em mistério puro. Segredos despertam a curiosidade, que quando saciada, adormece o indivíduo. O misterioso é um tipo que quanto mais se aprofunda, mais desejo desperta. Talvez o segredo para aqueles que são deficientes de mistério seja manter algo sempre em segredo para que a curiosidade nunca seja saciada. Será esse o verdadeiro mistério?

domingo, 7 de julho de 2013

Fora do meu eixo.

Meus olhos ardem com as novas lentes que coloquei para enxergar melhor, para poder enxergar o belo. O belo se tornou algo que todos almejam para si e passou a ser objeto do meu desejo também. Mas para enxergar o belo, meus olhos ardem. 
O feio e o grotesco possuem humildade e não exigem sacrifícios. O feio é espontâneo e necessita apenas de si mesmo para existir. Enquanto o belo dá aos nossos olhos aquilo que queremos ver, o feio nos dá o contraste necessário para tirar-nos de nossos eixos. 
Quem busca sempre o belo é um eterno insatisfeito. Então eu entendi que estava insatisfeita, retirei as lentes, pus os óculos e fui ser feliz.


quarta-feira, 3 de julho de 2013

Cobertor.

Adoeci. Não sei se de aborrecimentos. Não sei se de excesso de saudade. Não sei se de ausências. Não sei se de exageros cometidos na noite anterior. Sei que adoeci. Estou eu cá em meu quarto, isolada do mundo. E sem saber quanto tempo esse iso[lamento] irá durar. Acumulei cansaço, aborrecimentos, saudades, excessos e ausências. Levei tudo para cama e bastou dormir que no meio da madrugada acordo perturbada e doente. 

terça-feira, 11 de junho de 2013

sexta-feira, 24 de maio de 2013

(Sou) Frida

Quem não conhece, estranha.
Quem estranha, se apaixona.
Quem se apaixona, se estranha.
Quem se estranha, torna-se um pouco Frida.




terça-feira, 21 de maio de 2013

Relax.

Pode o chão sob meus pés se abrir, eu não vou reagir.
Depois de tudo, virou lei, a gente tem que rir.

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Espelho.

Olhar para meus textos é como se eu estivese me vendo.
Tenho dias de só fazer isso.
Entro para me ver no espelho.














Mas nem tudo o espelho traduz.

quarta-feira, 15 de maio de 2013

MORRER EM VIDA!

"Vou me retirar para chorar" 
foi a afirmação mais dolorosa que alguém já teve a coragem de mencionar! 

***

Como apagar da memória alguém que nunca existiu?
Vagas por dentro de mim como um fantasma da qual só eu posso enxergar.
Me assombras cercando-me por todos dos lados.
Noites consecutivas deixam minha mente atordoada por não saber:
se sonho ou se deliro.
Acordo todos os dias e sinto cheiros,
vejo sombras,
mas não ouço nada.
Estamos cara a cara;
e aqueles olhos de faróis em meio a penumbra iluminam um único caminho:
o que me leva até onde estais.
Mas não me movo, não consigo me mover.
O que é isto?
Dor e solidão?
Se ao meno você existisse...
Se ao menos você existisse para as outras pessoas, 
eu poderia simplesmente ir embora.
Eu poderia simplesmente compartilhar algo comum e isso me aliviaria.
Esse foi o preço que paguei por ter me tornado invisível.
Nesta condição abstrata não podes me ver,
me tocar ou, até mesmo, perceber a minha presença.
Estamos cara a cara, 
mas só eu sei disso.

Cena do filme "Sou louco por você".

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Leituras contra o tempo.

Hoje, a tarde está boa para leituras. O silêncio reina como alguém que encontra a paz. Vento bom refresca-me por entre os cabelos e me eleva os olhos ao céu. Sinto-me quase de frente para o mar de tão azul e infinito.  Estamos no outono, mas aqui as folhas não secam, continuam verdes e o verde torna o ar mais úmido. Dentro de casa, todos encontram-se em silêncio, o que é uma raridade. Pois, quando não gritam, deixam a televisão gritar por eles. Os cachorros da vizinha latem esporadicamente, mas estes nunca me incomodam. Eles me alegram como se fossem meus, só que não preciso dar banhos ou limpar suas fezes. Os filhos dela também não me incomodam, é claro que tenho preguiça em devolver a bola que cai em meu quintal toda vez que tocam na minha campainha,  porém eles me lembram a infância saudável que tive. Fico cogitando a hipótese: e se agora eu fosse criança, seria amiga deles e jogaríamos bola por cima do muro incansavelmente até nossas mães nos chamarem para tomar banho e jantar. Quem me dera todas as crianças do mundo tivessem uma infância feliz. Agora eu escuto com calma os insetos e animais, que vivem nos matos, comunicarem-se. Cigarras, pássaros, mosquitos, besouros... todos prenunciando a noite que está se aproximando. Gostaria que o tempo parasse por alguns segundos neste entardecer crepuscular, assim, eu poderia terminar minha leitura de cento e sessenta e sete páginas, que acabo de começar, para que a escuridão e o barulho de pessoas não chegassem antes do desfecho dessa minha vida particular e ficcional.


terça-feira, 16 de abril de 2013

Inconformismo.

Não tenho como evitar. Sou um ser curioso. E mesmo assim, a verdade tem manias de bater em minha porta. Mas pensando bem: melhor assim! As vezes a vida da um nó e só Deus sabe a força que existe em nós quando queremos desvendar mistérios. Muitos desses mistérios referem-se aos desconhecidos que nos olham nos olhos. O olho-no-olho virou sinônimo de sinceridade. Será? Será mesmo que sabemos quando pessoas são sinceras? Não se finge felicidade. Mesmo que meio sem entender de certas coisas, sabemos quando as pessoas se sentem felizes por estarem ao seu lado. Ou pelo menos deveríamos perceber isto. Mas por que tudo isso um dia acaba se antes havia felicidade, bom papo e olhares gentis? Todos ao meu redor me dão respostas muito conformistas do tipo "a vida é assim mesmo" e "o tempo cura tudo". Não me conformo com estas respostas. Quero poder agir e resolver os maus entendidos que o tempo nos propõe.


terça-feira, 9 de abril de 2013

Oração:




"Senhor, 
livra-me de tudo que não suporta 
meu sorriso aberto, 
minha risada alta, 
minha gentileza, 
minha educação, 
meu amor nos olhos, 
meu coração gigante, 
minha esperança eterna e 
a minha fé irreversível. 
Amém!"


segunda-feira, 8 de abril de 2013

A(Deus).

A gente se equilibrava um no outro: eu para sair um pouco dessa minha vida certinha demais e ele para fugir de sua vida desarrumada. Mas teve um dia em que nossas essências falaram mais alto e nos desequilibramos na presença um do outro. Eu tinha um futuro e ele um passado. Era o adeus. 


terça-feira, 2 de abril de 2013

domingo, 24 de março de 2013

Domingo.

Domingo de estudos e leituras. De Caios e Clarices. De andar descalça pela casa limpa. Pausa para almoçar uma buchada com os familiares. Cerveja para acompanhar a boa pedida. E ao final deste dia, atender o telefone para ouvir as boas dos amigos. 


quarta-feira, 20 de março de 2013

Felicidade é...

Viver dias excelentes e depois se vê sem eles. Descobrir que precisa reconstruir cada passo a partir de si mesmo. Comemorar com um copo de cerveja a pouca solidão. Sair sozinho e encontrar ao menos uma pessoa bacana que não via a tempos. Estar rodeado de pessoas e sentir-se acolhido por elas. Ter mau humor e mesmo assim sorrir para não entristecer ninguém. Contar as moedinhas e gargalhar, pois pagou a conta. Fazer sorrir. Fazer sorriso. Ter o coração partido, mas saber que foi melhor assim. Entender que não se pode ter o amor de ninguém obrigado. Ficar em silêncio e não ser incomodado. Ser uma pessoa que você gostaria de conhecer. Aprender coisas novas. Sonhar e acordar sorrindo. Continuar sorrindo ao longo do dia. Chorar. Comentar com Deus suas emoções. Sentir que Ele te escuta e que existe de verdade. Convencer uma pessoa a ser boba com você. Criar coragem. Conseguir o que se quer com o poder de não passar por cima de ninguém. Aperfeiçoar uma técnica até criar calos nas mãos. Mesmo triste, perceber quanta coisa boa aconteceu e quanta coisa ainda falta acontecer. Não conseguir descrever um sentimento de tão bom. Ouvir os estalos do milho de pipoca na panela. Ter conhecido o mar. Ter feito amizade com o mar. Ouvir o disco do seu artista preferido. Comprar seu livro preferido. Saber retribuir carinho. Conversar até a madrugada cair e descobrir que ainda há tanto para se falar, mas o sono não deixa. Dormir ao lado e sentir-se protegido. Impedir o medo de te impedir de algo. [...] Viver!

Feliz 20 de março. Feliz Dia Internacional da Felicidade. ♥◔◡◔♥



segunda-feira, 11 de março de 2013

O que andam falando sobre mim:

Fala que nem uma matraca!
Tem um coração enorme!
Odeia injustiça!
Não gosta de ser contrariada, e raramente aceita opinião dos outros... Mesmo estando errada --'
Tenta sempre mostrar para que veio.
Sofre, mas tenta não demonstrar, e se isso acontecer, é porque a porra ficou séria.
Não importa se é ridículo - se ela gosta - vai continuar fazendo, falando ou dançando... '-'

Continua... hahahaha 




sexta-feira, 8 de março de 2013

Papoulas.

Mulheres são como Papoulas.
Possuem beleza e ópio.


Papoulas são como eu. 
Uma flor simples que descobriu sua beleza e seu veneno.
E a partir dessa descoberta
É possível criar uma variedade de fórmulas raras,
Que dependendo da dosagem,
Pode salvar ou ser fatal.

terça-feira, 5 de março de 2013

Amor é acontecimento: é o que sobra depois de todo esquecimento. Queria que ele coubesse no que eu vejo em você. Queria que ele soubesse que eu acredito em você. E que você sorrisse todas as manhãs como se quisesse me encontrar todas as noites; e à tardinha também. Dizer que me ama ao som de Jorge Ben, jurar que me quer ao ler Baudelaire. E não só risse para afastar o desespero. E não sorrisse para fingir que o amor te alegra. E não sumisse por temer o que te espera. E assumisse que o que já fomos, já era. E na mesmice dos nossos desencontros, eu me encontro completamente indiferente ao que você sente… Em vão… Em vão… Em vão… Pra onde vão os nossos silêncios quando deixamos de dizer o que sentimos? 

[um retrato em medo e pranto; antônio]

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

A ordem do caos.

"O que está feito está feito, não pode ser mudado. Ainda bem que é assim..."
Eu costumo dizer que nunca me arrependo das decisões que tomei. Elas são eu, são parte de mim. Pensei um dia em ser diferente do que sou para saber o que me aconteceria. Mas se eu me tornasse outra pessoa, tudo o que acontecesse não seria real para mim, as vivências, experiências e sensações seriam desta outra pessoa a quem decidi emprestar meu corpo. E... não, não me arrependo das decisões que tomei, pois jamais daria a outra pessoa o prazer de um dia experimentar ser eu.



Sendo.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Eu me chamo Antonio.

Eu fico grata quando as pessoas leem poemas e lembram de mim.
Quando leem poesia e dizem que é a minha cara.
Este poema foi um deles.
Digno de postagem.


domingo, 24 de fevereiro de 2013

Fazendo planos.

Engraçado, antes eu fazia planos do tipo:

- Tomar banho de chuva.
- Correr no meio da pista de madrugada.
- Dançar na faixa de pedestre quando estiver atravessando.
- Ir à praia com mais frequência.
- Acampar.
- Fazer rapel.
- Pular de bung jump.

Hoje, eu planejo:

- Me formar.
- Passar no concurso.
- Economizar e juntar dinheiro.
- Estudar.
- Fazer um curso de inglês.
- Um curso de LIBRAS.

Que droga! 

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Desajustada.

Cheguei a conclusão que:
Não sou um bom partido.
Chamo palavrão,
Não lavo,
Não passo,
Não cozinho,
Tenho muito poucos vestidos,
Estou sempre despenteada,
Maquiagem - nem pensar,
Um rímel básico já está bom,
Ando descalça,
Bebo,
Encho a cara mesmo,
Falo alto,
Alto pra caralho,
Nas ruas pago mico,
Não crio animais,
Gosto de festas,
De sair durante a noite,
Tenho preguiças infinitas,
Me irrito com facilidade,
Não decoro datas,
Idades, nomes,
Nem números de telefones.

Mas também é verdade que:
Tenho um dos sorrisos mais bonitos do mundo,
Sorriso largo de quem sabe ser feliz,
Olho sempre nos olhos,
Tenho sede de conhecer lugares novos,
Livros novos,
Novas sensações,
Gosto de ouvir som alto,
Do silêncio,
Do vento,
Do pôr e do nascer do sol,
Sou tímida,
Compro ideias novas -
Pois a lua me engrandece -
Sou observadora,
Distraída das ideias ruins,
Tenho um abraço forte,
Abraço pessoas como se mais nada no mundo importasse,
Choro,
Tenho saudades,
Guardo boas memórias,
Gosto de comer bastante,
O olfato e o paladar me guiam
E desejo sempre seguir em frente.


quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Apenas o necessário.

Preciso arrumar meu quarto, mas desta vez como se estivesse arrumando minha própria vida. Colocar cada coisa em seu lugar, subtrair tudo o que não é mais necessário e tentar guardar os segredos que eu possuo em esconderijos secretos. 
Todos temos segredos. E o segredo mais valioso não é o de esconder algo jamais revelado. O verdadeiro segredo está em como as coisas realmente aconteceram, pois temos mania de enfeitar as histórias...

Necessito apenas de livros e andar descalça.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Limite Branco.

Eu continuo grifando e escrevendo nas páginas brancas dos meus livros. Letras aleatórias, aparentemente sem conexão alguma. Mas hoje eu reli estes trechos do livro do Caio F. Abreu:

"Tenho a impressão de que este diário é como um espelho. Ele me reflete todas as vezes que o tomo para escrever. A diferença é que o espelho não me guarda: basta sair da frente dele para que minha imagem se apague. O diário, não, o diário é fiel. Ele me guarda mesmo quando não estou escrevendo: basta abri-lo para que ele me mostre a mim mesmo." (p. 118).

"Em seguida, minha outra parte sussurra em meus ouvidos que aí, justamente aí, está o grande mal das pessoas: o fato de serem como são e ninguém poder fazer nada. Só elas poderiam fazer algo por si próprias, mas não fazem porque não se vêem, não sabem como são. Ou, se sabem, fecham os olhos e continuam fingindo, a vida inteira fingindo que não sabem." (p. 73).

"Odeio pessoas ignorantes. Me sinto mau por não conseguir gostar de todo mundo, mas é o que sinto. Os ignorantes, os vaidosos, os usuários, os pedantes. Detesto tudo que é afetado, detesto quem não se busca. Quem se acostuma a viver, da mesma maneira como se acostuma a dormir ou comer. Viver fica uma coisa automática, pouco importa se é boa ou má, vazia ou não. Basta viver, como uma obrigação da qual não se pode fugir." (p. 135).


sábado, 26 de janeiro de 2013

Das Frustrações de Diana.

Cheguei num ponto em que me tornei boa demais. Algumas pessoas, que eu gostaria que estivessem ao meu lado, ficaram para trás porque não conseguiram acompanhar meu ritmo de crescimento. E eu não consegui parar, tive que deixá-las para poder continuar crescendo. E o meu crescimento gerou dor...

sábado, 19 de janeiro de 2013

Amor...


eu não decoro rostos.
não decoro nomes.
não decoro lugares.
mas lembro de cheiros.

dos cheiros que as pessoas tem.
dos cheiros que os lugares possuem.
dos cheiros das boas memórias.
mas basta eu sentir um cheiro para me lembrar de um lugar. de um rosto.
                                                                                         [de um nome.



terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Hoje eu vi Diana!

   Ela entrou no ônibus cheio e, não havendo nenhuma cadeira para sentar-se, segurou firme uma das barras do veículo para apoiar-se de pé. Como ela estava conseguindo ficar de pé, nem ela mesma sabia. Seus olhos estavam desesperados, sentia uma vontade absurda de sumir da frente daquela gente toda e de chorar tanto ao ponto de soluçar. Enquanto ela se concentrava em um ponto fixo para que as lágrimas não viessem abaixo ali na frente de todos, as memórias vinham bombardeando seus pensamentos, sem o menor escrúpulo, forçando-a a prender o choro.
   Quanta força Diana possui, ela não chorou. Passou a mão diversas vezes pela cabeça, em outras passava a mão nos olhos.
   Eu desci do ônibus. Mas sabia que Diana iria chegar em casa, ia passar pela sala fingindo apenas cansaço e entraria em seu quarto. E lá dentro, choraria tanto, tanto, baixinho, até cair no sono. Porque naquele período, para Diana, os dias pareciam uma eternidade e todo dia era segunda-feira!

sábado, 12 de janeiro de 2013

Elements.

Meu estado de espírito passa por estes elementos: 

Mágoa 
Suavidade
Fúria 
Felicidade.



quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Como uma flor.

    Com as flores são mesmo assim. Você pode tirar uma, duas ou um ramalhete para enfeitar o ambiente ou a si mesmo. Admirá-las no galho é o enfeite da alma. Você também pode retirar as flores do seu habitat natural para fazer papinhas de "mel" e brincar de casinha ou panelinha com as coleguinhas. É certo que elas irão morrer, mas, ao nos servir e nos trazer felicidade, as flores ficam satisfeitas com os nossos sorrisos e demonstram isso brotando cada vez mais. Flores são vaidosas e gostam que pessoas admirem-as. Apenas com um grande "porém" as flores param de nascer em determinados lugares. Quando as pessoas passam e as arrancam, as jogam no chão, as desprezam. Uma flor quando sente que perdeu o sentido da alegria e da admiração alheia, com o tempo, murcha rapidamente e logo depois deixa de nascer.
    Apenas pessoas com grande sensibilidade são capazes de trazê-las de volta à vida. De fazer renascer das pedras lindas cores. Cuidando, protegendo, elogiando, apreciando, admirando. A isto chama-se Amor ou até mesmo Amor Incondicional. Com as flores são mesmo assim.


domingo, 6 de janeiro de 2013

Prefiro a mediocridade.

"Lóri estava suavemente espantada. Então isso era Felicidade. De início se sentiu vazia. Depois seus olhos ficaram úmidos: era felicidade, mas como sou mortal, como o amor pelo mundo me transcende. O amor pela vida mortal a assassinava docemente, aos poucos. E o que é que eu faço? Que faço da felicidade? Que faço dessa paz estranha e aguda, que já está começando a me doer como uma angústia, como um grande silêncio de espaços? A quem dou minha felicidade, que já está começando a me rasgar um pouco e me assusta. Não, não quero ser feliz. Prefiro a mediocridade. Ah, milhares de pessoas não têm coragem de pelo menos prolongar-se um pouco mais nessa coisa desconhecida que é sentir-se feliz e preferem a mediocridade. Ela se despediu de Ulisses quase correndo: ele era o perigo." C.L. 


terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Entra no mar comigo?

Mergulhei no mar
para saber
o que o mar tem
que eu não tenho.

Mergulhei no mar
para ver se absorvo
parte do seu esplendor.

Mergulhei no mar
para que ele pudesse me ajudar
levando para bem longe
toda carga negativa sobre mim.

Mergulhei no mar
para aprender a calar,
silenciar
e só escutar.

Mergulhei no mar
buscando afago,
abraço,
acolhimento.

Mergulhei no mar
para ver se conseguia sentir
parte do amor
que aquele surfista dedica
quando se entrega às profundezas
de seus encantos salgados.

Mergulhei no mar
porque quero aprender seu dialeto
e me redescobrir quem sou
como parte do teu sal.

Teu sal me alimenta.