Ela entrou no ônibus cheio e, não havendo nenhuma cadeira para sentar-se, segurou firme uma das barras do veículo para apoiar-se de pé. Como ela estava conseguindo ficar de pé, nem ela mesma sabia. Seus olhos estavam desesperados, sentia uma vontade absurda de sumir da frente daquela gente toda e de chorar tanto ao ponto de soluçar. Enquanto ela se concentrava em um ponto fixo para que as lágrimas não viessem abaixo ali na frente de todos, as memórias vinham bombardeando seus pensamentos, sem o menor escrúpulo, forçando-a a prender o choro.
Quanta força Diana possui, ela não chorou. Passou a mão diversas vezes pela cabeça, em outras passava a mão nos olhos.
Eu desci do ônibus. Mas sabia que Diana iria chegar em casa, ia passar pela sala fingindo apenas cansaço e entraria em seu quarto. E lá dentro, choraria tanto, tanto, baixinho, até cair no sono. Porque naquele período, para Diana, os dias pareciam uma eternidade e todo dia era segunda-feira!
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