domingo, 27 de junho de 2010

Queria olhos de coruja.







Eu estava sentada ao sol e meu livro era a única companhia da qual eu precisava;

Olho para frente e vejo – o ônibus está quase vazio.

Nesse momento eu me lembrei da minha “retina ocular” (pleonasmo?) e o quanto faz mal ler dentro de um veículo em movimento, mas eu não me importei e continuo sem me importar...

Só sinto o bem que estas palavras me fazem.

Sentada ao sol eu recebo um calor necessário à minha existência.


Eis que de repente surge uma leve sombra e eu, que já me acostumara com a luz, entrei em pânico.

Coisa que em tempo real me foram apenas alguns segundos, mas no meu tempo existencial esta sensação perdura ate agora...

Eu estava lendo sentada ao sol e por uma breve eternidade eu não pude mais enxergar as palavras... Na minha incapacidade de ler lembrei-me de agradecer a Deus por mais esta essência.


Que, somente no escuro, eu pude me ver.

Somente quando estava escuro aqui fora é que pude me olhar para dentro.

Um comentário:

Gerente da Budega disse...

ela é de uma sensibilidade fora do comum...

xero da leitora
assidua
^^>

Postar um comentário