segunda-feira, 29 de março de 2010

Tagarelices.


Em mim o silêncio é um ser gritante que vem rasgando todo o meu ser, me pedindo atenção cheio de exclamação.

E me decidi beber... não um gole qualquer, mas beber um café.
To afim de tomar um Café Filosófico.
Mexi pra lá. Mexi pra cá.
Alguns livros empoeirados na estante.
Outros no chão do meu quarto.
Meu quarto, meu refúgio... ta abandonado.
Fatos, atos e artefatos.
Às vezes é balela. Eu sei, é pura balela.
Mas eu ando me descobrindo.
E percebi que quando eu to com um livro, eu não me sinto só.
Bingooo! Eu me medi e vi que dá pra ser várias de mim.
Vou ter que me tornar várias de mim.
E eu tomei. Tomei até um tombo.
Não foi um café filosófico, mas um debate político é sempre bem vindo.
Recordei: Do Ato. Um fato. Microfones e Papéis. Ruas fechadas, apitos e Gritos. Seja em cima ou na frente do trio: queremos uma educação melhor pro nosso Brasil!
São somente impressões...?!
E essa lua?! Tão cheia e tão nua.
A nudez dela me despi também. Eu fico nua.

Dizem que dia de lua cheia deixa as pessoas mais agressivas.
Eu seguro a onda! Com prazer eu me mantenho firme pra poder fortalecer.
A essa hora (02:22) nem sono, nem praça. Nem medida e nem cachaça.
Minha pose não se mede na rua nem na esquina, mas A menina se exibe calada na calada.
Eu to calada. Meus dedos é que falam por mim.
Conheci uma filósofa de Botequim: que nem aí tava pra mim, mas depois que me viu sorrir e tagarelar, né que ela gostou de mim?!
Aahh... mas teve coisa que aprendi a ouvir sorrindo: "se eu te disser que sou um papel... vc me da uns amassinhos?" Homens ¬¬' rsrsrs... :P
Eu gosto de papéis! É neles que faço meus esboços.
Em homens de papel eu desatino a rabiscar.
Deus nunca deixa de caprichar...
Nem sei pq to assim: num teve nada de especial hoje... deve ser a lua.

TPM. Rua. Nua. Lua. São só rimas?

Dá doidera de vez em quando! Eu gosto de doidera.

Vamos implodir...\o/
Eu nem contei: Comi uva hoje!
Não era d'A Paixão segundo G.H.', mas à mim veio da Paixão Paixão: uma quase Macabéia, uma quase Lóri.
E nesse quase da vida: sou uma quase ela e ela uma quase eu num só gole!


Sem assinatura: essa é a minha ruptura.

domingo, 28 de março de 2010

NIETZSCHE


O SOLITÁRIO


Detesto tanto seguir como conduzir.

Obedecer? Não! E governar, nunca!

Aquele que não é terrível para si, não incute terror a ninguém.

E só aquele que inspira terror pode comandar os outros.

Já detesto guiar-me a mim próprio!

Gosto, como os animais das florestas e dos mares,

De me perder durante um bom tempo,

Acocorar-me, sonhando, em desertos encantadores,

De me chamar a mim mesmo, por fim, de longe,

E de me seduzir a mim mesmo.


A CANETA RABISCA


A caneta rabisca: que inferno!

Será que estou condenado a rabiscar?

Mas bravamente tomo meu tinteiro,

E escrevo em grandes ondas de tinta.

Que belos fluidos largos e cheios!

Como tudo o que faço tem êxito!

A escrita, é verdade, não está realmente nítida –

Que importa! Quem é que lê o que escrevo?


MORAL DA ESTRELA

Predestinada à tua órbita,

Que te importa, estrela, a escuridão?

Rola, bem-aventurada, através desse tempo!

Que a miséria te seja estranha e distante!

Ao mundo mais longínquo destinas tua claridade:

A piedade deve ser pecado para ti!

Admites uma única lei: ser pura.


(NIETZSCHE)