domingo, 12 de setembro de 2010

Devaneios...


Eu olho para frente e reparo no modo como ele anda... Casualmente nos falamos umas três vezes – eu sei, eu o cobiço. Mas perdi o raciocínio: ele me é um mero objeto de promiscuidade ou existe de verdade uma simpatia intrínseca em mim? Eu só sei que o cobiço... [Susto] Esqueci completamente que não estou sozinha: as pessoas ao meu redor não notaram os meus olhares de raposa. Ou disfarço muito bem ou eles conseguiram me enganar. Para onde eu estava me dirigindo mesmo?! [Outro susto] Nem percebi o quanto eu havia caminhado na direção contrária. Então, logo após ter voltado ao mundo real - incrédulo e insuficiente - percebo que, sem muito esforço, meus olhos o procuravam... Não o encontro e volto a fazer o que havia planejado. Estranhamente surpreendo-me com o quanto eu havia me arriscado e com o quanto eu ainda pretendia me arriscar, pois cobiçá-lo não me tornara uma pecadora. Não cometido pecado algum, eu também não fazia esforço para resistir [sorriso de malícia]. Continuo a caminhar... Lembrei-me da bíblia: “aqui não diz nada sobre cobiçar homens alheios...” (brinquei). Faz parte de mim dá liberdade aos meus pensamentos, quero-os livre e nessa liberdade toda [susto] noto que meus devaneios surtiram efeito: agora, ele é que me olhara e no canto do seu lábio direito: existe um sorriso astuto.
[...]

Nenhum comentário:

Postar um comentário