domingo, 21 de fevereiro de 2010

Algo simples...

Se expresse.
Invente um assunto, uma novidade.
Conte ou Cante algo.
Dê vida ao inanimado, ao parado.
Brinque, corra, pule, chore...
Lave a alma.
Sorria acima de tudo, mas chore.
Ria junto e não de.
Sem vergonha do que sentir ou de como se sentir.
Estenda-se.
Vá além.
Surpreenda as pessoas positivamente.
Comemore o simples: assim terá o que comemorar todos os dias.
A todos lhes digo: Ame.
Ame o impossível.
Ame o que não se explica.
Ame o que não se vê.
Ame do mocinho ao pirata.
Da mocinha à cortesã.
Todos precisamos de amor.
E mais do que ter amor é ter a capacidade de amar.
Amar não é fácil: requer doação.
Doe sangue, medula, pulmão, coração...
Se expresse de todas as formas: não importa qual.
O importante é mostrar sua arte, talento, poesia, melodia...
Se inspire em Deus.
Busque inspiração nos Céus.
Jesus chorou lágrimas de sangue.
Não há porque ter medo de chorar lágrimas transparentes e salgadas.
A felicidade não é linear, mas aí já é um outro texto que eu ainda vou postar.
Um grande beijo a quem me lê. Eu amo você.

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Não fazer sentido...


Hoje eu quero:
Sumir por uns tempos...
Sair "sem me importar para onde o IR me levará"...

Hoje me resolvi calar!
Ficar quietinha no meu canto!
Pensar na vida... pensar em mim!

Me bateu um sentimento egoísta:
quero abraços só pra mim!

Não sei pra que lado seguir...
To sempre por aí...
É tanta gente que me cerca... e eu querendo sumir!
É tanta gente no mundo... e eu?
Eu me sinto mais uma no meio dessa gente!

Pensamentos partidos... tudo fragmentado.
E fazer sentido, nessa hora, é totalmente relevante...
Não quero ter sentido... queria ter seguido...
Seguir...

Stephanie Saskya
07/10/09

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

!romA


Meu seio é infértil:

Região árida,

Gélido e duro.

Como pôde nele brotar uma flor?


Não a reconheço

Como parte de mim.

Não a vejo. Não a sigo.

Nem sei qual o seu perfume.


Mas ela está lá...

Sua serenidade me atormenta.

Não consigo compreendê-la.


E num suspiro...

Sinto-a falar comigo...

Assim a vida me fez.









Stephanie S. (2006)

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Amiga da Onça.


Certa vez caminhando pela mata encontrei uma onça presa a uma armadilha de algum caçador.

Mesmo com receio de que ela me machucasse eu me aproximei e soltei-a.

A onça ficou tão grata que me prometeu amizade; eu desconfiei, mas não ia ficar encucada com pensamentos negativos, não é mesmo?! Então confiei.

Andávamos juntas pela mata fazendo travessuras e aventuras.

Somente algo me incomodava: quando ela se via faminta, ela devorava todos até saciar sua fome.


No inicio eu não concordei com isso, pois se ela me prometera amizade era sinal de que possuía sentimentos e porque ser tão fria com os demais?!

Mas depois ela me convenceu e eu aceitei esta situação, afinal era a cadeia alimentar, era o seu instinto e eu não podia mudar isso. Eu até ajudei-a a pegar algumas de suas presas, por eu ser um ser humano, minhas habilidades com a mente e os braços me da a facilidade de criar armadilhas.

Ninguém ousava me machucar sabendo que eu era amiga da onça.


Certo dia a onça se viu faminta e sem ter o que comer.

Os dias foram se passando e sua fome aumentando.

Eu fiquei triste porque ela não estava podendo fazer o que queria e fiquei do seu lado.

De repente decidi cutucar a onça com uma vara curta, tentar mostrar a ela que esse modo de viver não era uma boa idéia e que eu não me sentia bem fazendo isso.

No instante seguinte ela nem me ouvira, me dera uma mordida e me levara um braço.

Fiquei surpresa. Eu não esperava por essa atitude, afinal seu sentimento deveria falar mais alto do que seu instinto: ela não podia ter me mordido.

Eu deveria imaginar que uma onça que tem o costume de devorar as pessoas, um dia iria me devorar também.


Então fui buscar uma satisfação e foi pior, ela se via totalmente certa: pois era seu instinto e eu sabendo disso ainda fui cutucá-la com uma varinha.

Nem ao menos obtive um pedido de desculpas porque ela tinha orgulho de tudo o que fazia.

Eu não sei o que ela sente de verdade.

Ela me disse que era minha amiga, mas no meu primeiro deslize ela me morde.

Ela me disse que ainda é minha amiga e que eu deveria confiar nela.

Ela me disse que ficou magoada por eu não confiar nela.

Mesmo que tudo fique bem, eu nunca mais terei meu braço de volta.


segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

"De repente"


"De repente" para alguns é surto.

Para outros são miúdos de algum conteúdo.

A gente sabe que "De repente" tudo muda;

Ora pra bom, ora pra ruim.

Engraçado é ouvir,

O que as pessoas dizem de mim,

Quando decido agir: "De repente".

"De repente" faz parte da gente;

porque gente que é gente não age linearmente.