Eu não parava de olhar o relógio que fica na parede da cozinha.
Eu estava com uma angústia que não passava.
Mainha me pede para ir até a avenida resolver uma coisa para ela.
Olhei novamente para o relógio; tédio.
Tédio não, Angústia.
Meu coraçãozinho não sabia ao certo o que era, mas resolvi sair de casa.
Tomei um banho e me lembrei que havia me esquecido de fazer uma ligação.
Eu fiz essa ligação enquanto seguia em direção a avenida, era um convite para uma festinha e na mesma ligação aproveitamos para contar as últimas novidades; coisas de meninas.
Desliguei o celular.
Ainda não estava satisfeita.
Após resolver as coisas que minha mãe me pediu, decidi visitar uma amiga; somente ela podia me ouvir sem interpretar as coisas a maneira dela; somente ela consegue me ver sem projetar em mim as suas convicções.
Chegando lá me deparei com sua dor: a perda de um ente querido.
Na mesma hora os meus problemas e angústias se tornaram miudezas diante da sua perda.
Achava que para melhorar eu precisava falar; eu achava que tinha que estar diante de alguém que me compreende.
Agora eu sei: a minha angústia me levara até ela; minha angústia me fizera ouvi-la e isso de alguma maneira a confortara.
E me confortara também.
***
Minha Amiga
O vento passou pela gente e levou toda a poeira que existia sobre nós.
O mar veio violento batendo em nossas costas e nos provou que éramos unidas como rochas.
O tempo é suficiente para concertar todos os equívocos existentes.
O ar é o padrinho da nossa liberdade de amarmos uma a outra como irmãs.
E Deus é a única explicação para a existência da nossa Amizade!
Te Amo JeJeh.
S2
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