Já faz um tempo que ando desentoando.
Com tantos problemas eu ainda desafino.
É justamente o que me prende e o que me limita que me incomoda.
Essas limitações me disfarçam e me encobrem do que realmente sou.
A pressão me empurra para o fora-do-foco de minha vida.
Estou como um objeto lançado ao mar que não tem autonomia para decidir que lado seguir e que é sempre jogado contra os sambaquis.
Eu quero ser como o vento...
Eu olho para dentro de mim e vejo os fragmentos.
Mas não tem nada de errado.
Em algum lugar da vida esses miúdos farão parte de algum conteúdo.