Quem não conhece, estranha.
Quem estranha, se apaixona.
Quem se apaixona, se estranha.
Quem se estranha, torna-se um pouco Frida.
Eu não me entendo: eu deveria estar feliz e, no entanto, estou angustiada. Essa angústia é a vida me dando um pouco mais de liberdade e que eu estou com medo de receber. (STEPHANIE SASKYA)
sexta-feira, 24 de maio de 2013
terça-feira, 21 de maio de 2013
Relax.
Pode o chão sob meus pés se abrir, eu não vou reagir.
Depois de tudo, virou lei, a gente tem que rir.
Depois de tudo, virou lei, a gente tem que rir.
segunda-feira, 20 de maio de 2013
quarta-feira, 15 de maio de 2013
MORRER EM VIDA!
"Vou me retirar para chorar"
foi a afirmação mais dolorosa que alguém já teve a coragem de mencionar!
***
Como apagar da memória alguém que nunca existiu?
Vagas por dentro de mim como um fantasma da qual só eu posso enxergar.
Me assombras cercando-me por todos dos lados.
Noites consecutivas deixam minha mente atordoada por não saber:
se sonho ou se deliro.
Acordo todos os dias e sinto cheiros,
vejo sombras,
mas não ouço nada.
Estamos cara a cara;
e aqueles olhos de faróis em meio a penumbra iluminam um único caminho:
o que me leva até onde estais.
Mas não me movo, não consigo me mover.
O que é isto?
Dor e solidão?
Se ao meno você existisse...
Se ao menos você existisse para as outras pessoas,
eu poderia simplesmente ir embora.
Eu poderia simplesmente compartilhar algo comum e isso me aliviaria.
Esse foi o preço que paguei por ter me tornado invisível.
Nesta condição abstrata não podes me ver,
me tocar ou, até mesmo, perceber a minha presença.
Estamos cara a cara,
mas só eu sei disso.
Cena do filme "Sou louco por você". |
segunda-feira, 6 de maio de 2013
Leituras contra o tempo.
Hoje, a tarde está boa para leituras. O silêncio reina como alguém que encontra a paz. Vento bom refresca-me por entre os cabelos e me eleva os olhos ao céu. Sinto-me quase de frente para o mar de tão azul e infinito. Estamos no outono, mas aqui as folhas não secam, continuam verdes e o verde torna o ar mais úmido. Dentro de casa, todos encontram-se em silêncio, o que é uma raridade. Pois, quando não gritam, deixam a televisão gritar por eles. Os cachorros da vizinha latem esporadicamente, mas estes nunca me incomodam. Eles me alegram como se fossem meus, só que não preciso dar banhos ou limpar suas fezes. Os filhos dela também não me incomodam, é claro que tenho preguiça em devolver a bola que cai em meu quintal toda vez que tocam na minha campainha, porém eles me lembram a infância saudável que tive. Fico cogitando a hipótese: e se agora eu fosse criança, seria amiga deles e jogaríamos bola por cima do muro incansavelmente até nossas mães nos chamarem para tomar banho e jantar. Quem me dera todas as crianças do mundo tivessem uma infância feliz. Agora eu escuto com calma os insetos e animais, que vivem nos matos, comunicarem-se. Cigarras, pássaros, mosquitos, besouros... todos prenunciando a noite que está se aproximando. Gostaria que o tempo parasse por alguns segundos neste entardecer crepuscular, assim, eu poderia terminar minha leitura de cento e sessenta e sete páginas, que acabo de começar, para que a escuridão e o barulho de pessoas não chegassem antes do desfecho dessa minha vida particular e ficcional.