sábado, 30 de outubro de 2010

Naquele dia.

- Sim, me diga quem?

- Mas não tem ninguém. Eu simplesmente escrevo.

Certa vez eu estava caminhando distraída quando avistei um cachorro muito feio. Eu fiquei imaginando que não fora somente os seres humanos que estavam fadados a feiúra da pobreza. Mas o pobre animal não tem culpa e mesmo assim luta até o fim para sobreviver. Não apenas ele, mas todos os animais são assim. Animais não são suicidas e possuem uma doçura invejável, mesmo os mais bravos.


Continuei a caminhada...


Minha alma estava muito machucada, por isso a aula foi tão dolorida. Mas a coreografia estava excelente. Dança. Tenho saudades de dançar. Sentia tantas dores e sentia prazer nelas.


Silêncio...


Sabe o que mais detesto? Detesto um barulho repentino no meio do silêncio.

E me é ainda mais angustiante quando não o identifico. Logo depois, fico a espreita esperando o barulho acontecer de novo. Mas ele não se repete, deixando em mim uma sensação de dúvida sobre o que teria sido.


...um barulho repentino no meio do silêncio (...).


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