segunda-feira, 23 de abril de 2012

Quando a alma é vaidosa.

Nunca fui dada às vaidades como ela é imposta para nós. Tantas pinturas e já temos uma nova pele sobre a outra. É a arte de atrair os olhares para o que é superficial. Empregada desta maneira, a vaidade me parece muito adolescente. Toda essa maquiagem, cores, glitters, mundo fashion, glamour, novo rímel que alonga até dez vezes mais, roupas que estão em alta, e ser igual a todo mundo porque nas lojas só encontramos um único padrão de roupa de acordo com a temporada e, enfim, como isso me cansa! Os adultos deveriam ser mais maduros com relação as questões da aparência.
Nós adultos deveríamos sentar nas praças e preenche-las com sorrisos, conversas intermináveis, poesia, roupas leves, cores alegres, chinelos e simplicidade.
Nós, os adultos, deveríamos aprender a caminhar, cumprimentar as pessoas, abolir a mesquinhes, comprar chocolates de vez em quando e fazer companhia à Vó numa tarde de domingo.
Nós, Homo Sapiens Sapiens, deveríamos confessar ao menos três segredos para si mesmos, ter bom humor nos dias em que não fizermos um bom negócio, visitar menos os shoppings e supermercados da cidade.
(...)

Nietzsche definiu a vaidade como "a pele da alma".